Este é um documento algo longo. Sei isso. Mas também é verdade que ele tem de ser assim. Existem coisas que não podem ser resumidas ou sintetizadas. O tamanho deste documento que o Gladium Nacional aqui edita e apresenta tem a dimensão exacta da sua importância no contexto da Luta Nacional que travamos contra os diversos inimigos de Portugal, onde, naturalmente, se inscreve, o actual sistema e decadente regime político partidocrático vigente em Portugal.
É evidente, por demais público e notório, que grande parte da nossa “classe política” e o actual regime político que temos, de forma alguma servem o interesse nacional e, consequentemente, os interesses dos portugueses. É por isso necessário substituí-los e alterar a configuração do actual sistema, tal para abrir novos e justos rumos para Portugal.
É por demais notória a degradação progressiva do nível e qualidade de vida, a degradação do Estado, da Economia, da Educação Nacional, da Saúde, da Cultura, o crescimento exponencial da criminalidade violenta em Portugal, quer pela parte de gang’s organizados (na sua maioria compostos por jovens africanos filhos de imigrantes), como pela parte do crime internacional organizado. A imigração caótica e descontrolada, e a instalação da corrupção em todos os sectores da vida nacional são também dois factores que têm que deixar preocupados todos os portugueses decentes e verdadeiramente dignos desse nome. A nossa Segurança Nacional corre muitos sérios riscos.
É por isso que todos devemos exigir uma NOVA POLÍTICA que, firme e decisivamente, altere toda esta situação. E a LIBERTAÇÃO NACIONAL, passa em absoluto pela definição dessa NOVA POLÍTICA e essa definição pela determinação de pensar eficazmente, sem preconceitos à direita e à esquerda, pela determinação de pensar em termos inteiramente nacionais.
Uma NOVA POLÍTICA exige uma mentalidade nova, política, social e moral, e homens portugueses e mulheres portuguesas que protagonizem a acção, com coragem, dedicação, determinação…e inteligência.
A juventude, pela sua disponibilidade e disposição natural e imediata à acção, pode (e deve!) constituir a vanguarda da luta nacional, ligando-se, nos seus esforços, a todos os centros e grupos de interesses apostados na LIBERTAÇÃO NACIONAL DE PORTUGAL.
Hoje, é preciso unir esforços e na unidade da acção dar cabeça, tronco e membros a todo um vasto conjunto de forças nacionalistas que lutam por um Portugal melhor e que seja efectivamente dos PORTUGUESES.
A renovação da sociedade exige e comporta a renovação das suas ideias e princípios fundamentais. Essas ideias e princípios devem inspirar-se no destino do homem, portador de valores eternos, e na ideia de noção de Nação – entidade supra-geracional, territorial, humana e espiritual – que os realiza no tempo, segundo o princípio da doutrina social. A uma cultura decadente e ultrapassada há que opor uma NOVA CULTURA que harmonize a tradição e a inovação, o espírito e a ciência, o conhecimento e a vida.
Mas uma renovação moral e cultural tem de concretizar-se em novas formas de comportamento, perante os problemas reais, e, nesse nível, terá também de se espelhar em PROPOSTAS PRÁTICAS E ALTERNATIVAS. No domínio da acção política é pela adopção efectiva deste novo comportamento que todo o processo se deve iniciar. Há que partir do real concreto para a consciencialização ideológica, e não o contrário. Os princípios estando na acção, cumprem-se por ela. Porque os princípios justificam os objectivos e são os objectivos cumpridos que representam a fidelidade aos princípios.
É preciso trabalhar concreta e disciplinadamente para organizar a luta e lutar para alcançar a vitória. Os autênticos portugueses, devem assumir um espírito de missão e resistência, e por toda a parte declarar guerra aos homens, instituições, ideias e meios da comunicação social, que sejam os inimigos internos de Portugal. É o homem que faz a História e não a História que faz o homem, e a VONTADE dos portugueses é a única garantia de sucesso da libertação de Portugal.
Os métodos de trabalho a desenvolver decorrem coerentes e convergentes com o tipo de objectivos a atingir.
Os caminhos da nossa luta devem passar pela conquista progressiva de todos os centros de decisão (política, administrativa ou associativa) que for possível conquistar e uma vez conquistados, por orientá-los segundo um rumo. Os meios humanos e materiais devem ser utilizados da maneira mais eficaz para a prossecução deste objectivo que pode ter a forma de uma Cooperativa, de uma Associação, de uma Sociedade, de um órgão de comunicação social, de uma Fundação, de uma Autarquia Local, ou de uma outra qualquer expressão orgânica da vida da comunidade.
A nossa acção manifestar-se-á na conquista e manutenção desses centros de decisão bem como na divulgação de todos os meios de comunicação existentes ou de todo o material de apoio necessário à prossecução das actividades específicas para que estas sejam integradas na manobra geral.
Por outro lado, torna-se necessário desenvolver iniciativas localizadas e dirigidas à opinião pública de reacção e superação perante qualquer acto lesivo dos interesses nacionais, nos seus aspectos físicos, institucionais, humanos ou espirituais, como uma greve política, um acto de prepotência ou corrupção, um insulto à dignidade nacional, uma notícia imbecil ou falsa da comunicação social, declarações irresponsáveis, irrealistas ou demagógicas proferidas por um responsável político, etc.
Só uma actuação orgânica e gradual pode servir de quadro de valorização e determinação de iniciativas imediatas e localizadas.
Torna-se necessário a reunião dos diversos elementos e instituições empenhados nessa ACÇÃO NACIONAL, que coordene minimamente a acção comum, estabeleça a ligação e união necessárias, e forneça os meios materiais indispensáveis.
As tarefas da luta nacional exigem a cabal participação de todos os nacionalistas.
Estando nós (nacionalistas) profundamente identificados com os problemas da acção política nacional e relacionados com alguns grupos de portugueses já conscientes e despertos para a necessidade da acção, vamos assumir de forma consequente, com espírito de serviço, missão e de resistência, o objectivo de reunião e desenvolvimento das forças nacionais, lutando através de todos os meios legais e constitucionais até à vitória final.
Mas não tenhamos ilusões. O nosso combate será sempre um processo e um percurso difícil (o Caminho da Vereda Estreita), onde, para além de tudo, deveremos contar – desde já! – com inúmeros sacrifícios pessoais que nos serão necessariamente pedidos. E, desde já, se avisa aqui, que eles serão muitos e penosos. E, o mínimo que Portugal merece, é que lhe demos tudo.
É verdade que também existem os Caminhos da Vereda Larga, que, quase sempre, levam a becos sem saída e, tantas das vezes, nos conduzem ao malogro, a falsos profetas que para aí abundam em demasia. Desses estamos já fartos. Basta!!!
Para além dos nacionalistas, para além dos portugueses de lei, não se vê que exista, aqui e agora, uma oposição credível ao actual quadro negro que representa o sistema político (partidocrático e plutocrático) existente em Portugal. Pelo menos, nós, não o enxergamos.
Sobre isto tudo que aqui é afirmado, deve acabar qualquer prudente silêncio ou absentismo que possamos ter. A hora que passa é de opções que consideramos deveras inadiáveis e de sairmos – definitivamente! – da escuridão das catacumbas para onde nos remeteram – para onde nos remetemos nós mesmos – à demasiado tempo.
E em termos políticos imediatos, essa responsabilidade e piedoso papel (bom combate) cabe-nos a todos nós (nacionalistas) que, cada vez mais, nos devemos assumir como autênticos Arautos de uma real Alternativa Política e Social para efectivarmos uma Ruptura e Mudança perante o actual “establishment”. Uma força política, Nacional, Patriótica e Popular, que seja uma inequívoca energia mobilizadora para a instauração da IV República Portuguesa. Uma força política com capacidades reais para vetar eficazmente o sistema e caminhar sobre os seus escolhos.
O desastre – histórico, político, económico, educacional, ambiental, social e moral – que tristemente se abateu sob a Nação Portuguesa, isto durante estes últimos 30 anos, veio dar inteiro ensejo aos homens e às mulheres nacionalistas de se poderem afirmar (assim eles e elas o queiram) como uma alternativa possível e credível ao actual sistema político vigente. Sistema esse que primou sempre, ou quase sempre, pela indefinição, pela ambiguidade e pelo hibridismo, instituições que se foram tomando um pegado equivoco, até ao dia em que o equivoco se desfez de podre, com as mais aluidoras consequências, e a realidade crua avultou, calamitosa e já sem remissão possível dentro do presente sistema político.
Em tais deploráveis circunstâncias, e à face do tremendo descalabro público em que Portugal se encontra, está, assim temos de acreditar, acometido aos nacionalistas a patriótica missão de subir ao palco da cena política nacional e de lá retirar do cartaz, onde se encontra à longo tempo, essa tragédia shakespeariana (sobre o alto patrocínio do sistema, obviamente) de Words, Words, Words.
Por isso teremos que Lutar! Trabalhar! Vencer!
GLADIUM NACIONAL
Uma Nota:
Em muita boa hora o blog nacionalista Alma Pátria – Pátria Alma, projectou para o próximo dia 29 de Novembro de 2008, em Cantanhede, um almoço entre aqueles que animam e dão corpo a outros blog’s nacionalistas. Toda esta iniciativa não só nos deve merecer todo o nosso apoio, como a mesma pode representar o bom augúrio de que outros tipos de iniciativas lhe sigam os passos e, quem sabe, já estejam até na forja. São deveras necessárias. São, URGENTEMENTE, necessárias.
Elas terão que significar a nossa Coragem, a nossa Força, o nosso Querer, a nossa Elevação Patriótica, a nossa Inteligência, bem como também o nosso direito ao protesto e à justa indignação contra o podre sistema político que nos (des) governa e cada vez mais nos afunda como TERRA, como POVO, com uma IDENTIDADE muito antiga e que, a todo o custo, temos de saber preservar. Por isso, Corações ao Alto! Em FRENTE!
Mas tudo isso exige, a todos nós NACIONALISTAS, que encontremos os caminhos para uma verdadeira ALTERNATIVA NACIONAL. Terão que ser caminhos da Vereda Estreita, trilhos muito penosos de percorrer e repletos de armadilhas. Mas esse é a única via que nos poderá conduzir, vitoriosamente, do malogro ao milagre.
Por isso o almoço que nas linhas acima é gostosamente referido, para além do agradável convívio em redor de uma boa mesa portuguesa (também a nossa rica gastronomia regional é um sinónimo da nossa Identidade Cultural e Nacional), terá, para ser ouro sobre azul, como sói dizer-se, que constituir um momento alto, tal como um encontro de gente portuguesa e nacionalista, firmemente disposta a também [durante o almoço] lá a saber debater ideias, a saber apresentar soluções e a reflectir para a ACÇÃO. É óbvio que só assim valerá a pena lá ir…e continuar o nosso COMBATE!Sem qualquer espécie de pretensiosismo (entre os nacionalistas eu sou apenas um modesto furriel), mas antes com autêntico espírito de MISSÃO, gostaria, em meu nome pessoal e do Gladium Nacional, deixar-vos aqui, antecipadamente, um documento para uma nossa reflexão colectiva e que, dessa forma, represente, tão-só, um contributo, não decisivo, mas que efectivamente constitua uma espécie de pontapé de saída para uma cogitação muito mais alargada e com, naturalmente, o subsídio de outras opiniões nacionalistas a serem lá feitas. Assim queiramos todos nós.
domingo, 16 de novembro de 2008
A Luta Contra o Sistema
Há camaradas que se dizem nacionalistas que ainda não compreenderam o real sentido de se ser, nesta hora, em Portugal, nacionalista.
A luta contra o actual “establishment” político demo-liberal é um combate de resistência onde o único facto de existirmos já é uma grande vitória contra o mesmo.
Existem camaradas, que impelidos por espírito irrealista e imaturidade política se deixam arrastar em projectos utópicos, mal estruturados e de caris imediatista. Querem fazer tudo a um tempo e de uma vez, esquecendo que o sistema político tudo domina e controla.
Por isso o nosso combate contra o sistema político demo-liberal tem que se processar com inteligência política, pois caso contrário ele organiza-se de maneira a “absorver”, por adaptação, encontrando logo um antídoto contra os seus oponentes.
Em tempos, e isto é somente um simples exemplo, os hippies, movimento contestatário, de pacifistas, degenerados e drogados, nascido nos EUA, quis, à sua maneira, destruir o sistema americano (american way of life). Deu-se precisamente o contrário: não só foram eles os destruídos, como o sistema e a sociedade de consumo capitalista tirou partido deles, visto certa espécie de “comerciantes” terem feito rios de dinheiro com eles.
O sistema político demo-liberal deve ser combatido com firmeza? Claro que sim! Mas é necessário não esquecer que tal deve ser apoiado por acções culturais e de propaganda. O sistema político demo-liberal combate-se desmistificando os mitos em que este se apoia, ou sejam, a democracia, o igualitarismo, o liberalismo, o humanismo piegas, o marxismo. Eles são conceitos e filosofias antinaturais ao homem. São falsos! Podem-se provar que são falsos.
Para tal é preciso núcleos de militantes nacionalistas, minimamente (in) formados e politicamente doutrinados, a fim, de por palavras e por acções, conduzirem um combate eficiente e com razão de ser contra o sistema demo-liberal que nos sufoca e conduz ao abismo como Pátria com uma Identidade Nacional própria. Caso contrário não vale a pena, visto a nossa luta se poder a vir a assemelhar àqueles garotos a quem o vidraceiro da esquina paga para os ditos partirem os vidros das casas dos vizinhos.
Lutemos, pois, contra o sistema demo-liberal, mas com inteligência e com forte consciência política.
Gladium Nacional
A luta contra o actual “establishment” político demo-liberal é um combate de resistência onde o único facto de existirmos já é uma grande vitória contra o mesmo.
Existem camaradas, que impelidos por espírito irrealista e imaturidade política se deixam arrastar em projectos utópicos, mal estruturados e de caris imediatista. Querem fazer tudo a um tempo e de uma vez, esquecendo que o sistema político tudo domina e controla.
Por isso o nosso combate contra o sistema político demo-liberal tem que se processar com inteligência política, pois caso contrário ele organiza-se de maneira a “absorver”, por adaptação, encontrando logo um antídoto contra os seus oponentes.
Em tempos, e isto é somente um simples exemplo, os hippies, movimento contestatário, de pacifistas, degenerados e drogados, nascido nos EUA, quis, à sua maneira, destruir o sistema americano (american way of life). Deu-se precisamente o contrário: não só foram eles os destruídos, como o sistema e a sociedade de consumo capitalista tirou partido deles, visto certa espécie de “comerciantes” terem feito rios de dinheiro com eles.
O sistema político demo-liberal deve ser combatido com firmeza? Claro que sim! Mas é necessário não esquecer que tal deve ser apoiado por acções culturais e de propaganda. O sistema político demo-liberal combate-se desmistificando os mitos em que este se apoia, ou sejam, a democracia, o igualitarismo, o liberalismo, o humanismo piegas, o marxismo. Eles são conceitos e filosofias antinaturais ao homem. São falsos! Podem-se provar que são falsos.
Para tal é preciso núcleos de militantes nacionalistas, minimamente (in) formados e politicamente doutrinados, a fim, de por palavras e por acções, conduzirem um combate eficiente e com razão de ser contra o sistema demo-liberal que nos sufoca e conduz ao abismo como Pátria com uma Identidade Nacional própria. Caso contrário não vale a pena, visto a nossa luta se poder a vir a assemelhar àqueles garotos a quem o vidraceiro da esquina paga para os ditos partirem os vidros das casas dos vizinhos.
Lutemos, pois, contra o sistema demo-liberal, mas com inteligência e com forte consciência política.
Gladium Nacional
O Islão e o Wahhabismo
A Grande Ameaça Contra o Ocidente
Nota de Abertura
O presente conciso texto que aqui tomo a liberdade de vos apresentar, serve para elucidar os nacionalistas portugueses sobre uma questão que, para além de ser pouco abordada, isso quando se escreve sobre o perigo que o Islão (ou islamismo) representa para todo o Ocidente, igualmente é pouco conhecida entre nós. E isso é deveras inquietante. Daí a sua oportunidade e premência em a dar a conhecer a todos os nacionalistas e aos portugueses em geral.
É, assim, um pequeno, mas importante, subsídio para uma melhor compreensão quanto à estratégia (do Islão) e da doutrina (Saudita) dos Wahhabitas, para a submissão dos Povos da Terra ao Islamismo.
O termo islamismo deriva do árabe e significa “conformidade” ou “submissão”. Os islamitas também dizem que quer dizer “paz”. Acreditamos que sim. Mas é a “paz” que eles, pela força, nos querem impor, obviamente.
O islamismo é uma religião de pendor monoteísta que tem por base a submissão incondicional (Kismet ou fatalismo) dos crentes à vontade suprema de Alá (em árabe Al-A’lã), caracterizado como Deus único, absoluto, justo e omnipresente.
Um ponto importante que convém aqui salientar sobre o islamismo e arabismo. Quando se fala de Islão e arabismo, nem sempre isso significa que essas duas noções (que às vezes, de facto, coincidem) possam ser associadas: a primeira, porque designa uma comunidade geral de religião e fé (que até é maioritária), a segunda, prende-se com uma comunidade de língua e de civilização. Existem cristãos que são árabes, como no passado, houveram judeus árabes.
Todavia, o islamismo (ou Islão), comporta uma questão que muito raramente é focada. Nesse sentido torna-se da maior relevância aqui transcrever o que U.S. Naipoul, galardoado com o Prémio Nobel da Literatura, do ano de 2001, disse acerca do Islão, isso no Preâmbulo do seu livro “Para Além da Crença – Digressões islâmicas entre povos convertidos”, Publicações D. Quixote, pág. 11:
«O Islão não é somente uma questão de consciência ou de crença privada. Faz exigências imperiosas. A visão do mundo de um convertido é diferente. Os seus lugares santos são em terras árabes, a sua língua sagrada é o árabe. A sua noção de história é diferente. Ele rejeita a sua e, quer goste ou não, torna-se parte da árabe. O convertido tem de se afastar de tudo quanto é dele. A perturbação é inversa para as sociedades e, mesmo após uns mil anos, pode continuar por resolver; este virar de costas tem de ser feito uma e outra vez. As pessoas criam fronteiras sobre quem e o que são, e, no Islão dos países convertidos, existe um elemento de neurose e de niilismo. Estes países podem facilmente entrar em ebulição…»
Ainda num quadro de doutrinas islâmicas contrárias ao Ocidente, deve ser seguida com toda a atenção (enquanto é tempo) o Wahhabismo.[i] O Wahhabismo (para uns primeiros estudos do que é o Wahhabismo, consultar, na Net, a Wikipédia) é uma das mais importantes correntes ideológicas e teológicas (nascida na Arábia Saudita) que preconiza, entre outros princípios, a sujeição da modernidade, isso a favor de um regresso ao passado sagrado do Fundador (Maomé).
Tal movimento islâmico (estritamente controlado pelos árabes sauditas e apenas por eles) foi iniciado por Mohammed Ibn ‘Abd al-Wahhad (1703-1792), natural de Nayad (hoje Riade) na Arábia, já então dominada pelo clã dos Saud.
Basta dizer, que o islamismo, conduzido pelos árabes sauditas, é um dos imperialismos mais intolerantes e violentos que já existiram, até hoje, à face da Terra.
Acresce ainda, que (ao que parece), muitos que, entre nós, se afirmam nacionalistas, sempre muito preocupados com o Judaísmo Internacional e os “Protocolos dos Sábios de Sião”, depois, lhes escapa – em absoluto – este importante pormenor que aqui é referido, ou seja, a enorme ameaça que o Islão (controlado pela seita dos Wahhabitas) representa para todo mundo ocidental, nomeadamente para a Europa, onde nos situamos. Aliás, as milhares de Mesquitas e Madraças que hoje em dia já se encontram instaladas por toda a Europa (80% destas instalações são financiadas por fundos sauditas do Wahhabismo), graças à complacência[ii] e tolerância religiosa dos governos demo-liberais europeus, condescendência essa, que de modo algum é correspondida nos países islâmicos (muito pelo contrário, já que em muitos deles existe uma violenta perseguição aos cristãos), são na sua quase totalidade subsidiadas pelos Wahhabitas como acima é referido. E isso não acontece pelo mero acaso. Ninguém dá dinheiro de graça (mesmo os Wahhabitas).
Muito mais teria a dizer sobre a acção dos Wahhabitas[iii], tal na difusão (imperialista) do islamismo a nível mundial. Teria que ser, todavia, um documento mais extenso. Este pequeno texto tem, tão-só, como objectivo primordial alertar consciências [dar o mote) para o estudo do problema que aqui de forma sucinta é levantado. É nossa obrigação estudá-lo detalhadamente, isso para realmente conhecermos o inimigo que temos, doravante, que enfrentar. Um inimigo que não é de hoje, como penso que muitos sabem. Um inimigo com quem nós, europeus, já travamos mil batalhas. E estamos preparados para travar mais? Será que sabemos que espécie de inimigo ele efectivamente hoje é? Deixo aqui estas duas perguntas à vossa inteira reflexão.
António José dos Santos Silva
[i] Para entender muito melhor o que foi e é o Wahhabismo, ler o livro de Bernard Lewis – “Guerra Santa e Terror Ímpio”, Capítulo VIII, “O casamento entre o Poder e a Doutrina Wahhabita”, editado em Portugal pela Relógio de Água. Este autor é um dos mais categorizados especialistas da actualidade em assuntos do Médio Oriente e ao Islão em geral.
[ii] Mais que complacência é pura cobardia. No ano de 2007, no sul de Espanha, um Conselho Directivo de uma Escola, mandou proibir uma festa natalícia na sua escola, alegando, que pelo facto de nessa mesma escola andarem também a estudar meninos muçulmanos, tal poderia constituir uma ofensa (?) ao Islão…
[iii] Osama Bin Laden, por exemplo, é um saudita da seita dos Wahhabitas.
O presente conciso texto que aqui tomo a liberdade de vos apresentar, serve para elucidar os nacionalistas portugueses sobre uma questão que, para além de ser pouco abordada, isso quando se escreve sobre o perigo que o Islão (ou islamismo) representa para todo o Ocidente, igualmente é pouco conhecida entre nós. E isso é deveras inquietante. Daí a sua oportunidade e premência em a dar a conhecer a todos os nacionalistas e aos portugueses em geral.
É, assim, um pequeno, mas importante, subsídio para uma melhor compreensão quanto à estratégia (do Islão) e da doutrina (Saudita) dos Wahhabitas, para a submissão dos Povos da Terra ao Islamismo.
O termo islamismo deriva do árabe e significa “conformidade” ou “submissão”. Os islamitas também dizem que quer dizer “paz”. Acreditamos que sim. Mas é a “paz” que eles, pela força, nos querem impor, obviamente.
O islamismo é uma religião de pendor monoteísta que tem por base a submissão incondicional (Kismet ou fatalismo) dos crentes à vontade suprema de Alá (em árabe Al-A’lã), caracterizado como Deus único, absoluto, justo e omnipresente.
Um ponto importante que convém aqui salientar sobre o islamismo e arabismo. Quando se fala de Islão e arabismo, nem sempre isso significa que essas duas noções (que às vezes, de facto, coincidem) possam ser associadas: a primeira, porque designa uma comunidade geral de religião e fé (que até é maioritária), a segunda, prende-se com uma comunidade de língua e de civilização. Existem cristãos que são árabes, como no passado, houveram judeus árabes.
Todavia, o islamismo (ou Islão), comporta uma questão que muito raramente é focada. Nesse sentido torna-se da maior relevância aqui transcrever o que U.S. Naipoul, galardoado com o Prémio Nobel da Literatura, do ano de 2001, disse acerca do Islão, isso no Preâmbulo do seu livro “Para Além da Crença – Digressões islâmicas entre povos convertidos”, Publicações D. Quixote, pág. 11:
«O Islão não é somente uma questão de consciência ou de crença privada. Faz exigências imperiosas. A visão do mundo de um convertido é diferente. Os seus lugares santos são em terras árabes, a sua língua sagrada é o árabe. A sua noção de história é diferente. Ele rejeita a sua e, quer goste ou não, torna-se parte da árabe. O convertido tem de se afastar de tudo quanto é dele. A perturbação é inversa para as sociedades e, mesmo após uns mil anos, pode continuar por resolver; este virar de costas tem de ser feito uma e outra vez. As pessoas criam fronteiras sobre quem e o que são, e, no Islão dos países convertidos, existe um elemento de neurose e de niilismo. Estes países podem facilmente entrar em ebulição…»
Ainda num quadro de doutrinas islâmicas contrárias ao Ocidente, deve ser seguida com toda a atenção (enquanto é tempo) o Wahhabismo.[i] O Wahhabismo (para uns primeiros estudos do que é o Wahhabismo, consultar, na Net, a Wikipédia) é uma das mais importantes correntes ideológicas e teológicas (nascida na Arábia Saudita) que preconiza, entre outros princípios, a sujeição da modernidade, isso a favor de um regresso ao passado sagrado do Fundador (Maomé).
Tal movimento islâmico (estritamente controlado pelos árabes sauditas e apenas por eles) foi iniciado por Mohammed Ibn ‘Abd al-Wahhad (1703-1792), natural de Nayad (hoje Riade) na Arábia, já então dominada pelo clã dos Saud.
Basta dizer, que o islamismo, conduzido pelos árabes sauditas, é um dos imperialismos mais intolerantes e violentos que já existiram, até hoje, à face da Terra.
Acresce ainda, que (ao que parece), muitos que, entre nós, se afirmam nacionalistas, sempre muito preocupados com o Judaísmo Internacional e os “Protocolos dos Sábios de Sião”, depois, lhes escapa – em absoluto – este importante pormenor que aqui é referido, ou seja, a enorme ameaça que o Islão (controlado pela seita dos Wahhabitas) representa para todo mundo ocidental, nomeadamente para a Europa, onde nos situamos. Aliás, as milhares de Mesquitas e Madraças que hoje em dia já se encontram instaladas por toda a Europa (80% destas instalações são financiadas por fundos sauditas do Wahhabismo), graças à complacência[ii] e tolerância religiosa dos governos demo-liberais europeus, condescendência essa, que de modo algum é correspondida nos países islâmicos (muito pelo contrário, já que em muitos deles existe uma violenta perseguição aos cristãos), são na sua quase totalidade subsidiadas pelos Wahhabitas como acima é referido. E isso não acontece pelo mero acaso. Ninguém dá dinheiro de graça (mesmo os Wahhabitas).
Muito mais teria a dizer sobre a acção dos Wahhabitas[iii], tal na difusão (imperialista) do islamismo a nível mundial. Teria que ser, todavia, um documento mais extenso. Este pequeno texto tem, tão-só, como objectivo primordial alertar consciências [dar o mote) para o estudo do problema que aqui de forma sucinta é levantado. É nossa obrigação estudá-lo detalhadamente, isso para realmente conhecermos o inimigo que temos, doravante, que enfrentar. Um inimigo que não é de hoje, como penso que muitos sabem. Um inimigo com quem nós, europeus, já travamos mil batalhas. E estamos preparados para travar mais? Será que sabemos que espécie de inimigo ele efectivamente hoje é? Deixo aqui estas duas perguntas à vossa inteira reflexão.
António José dos Santos Silva
[i] Para entender muito melhor o que foi e é o Wahhabismo, ler o livro de Bernard Lewis – “Guerra Santa e Terror Ímpio”, Capítulo VIII, “O casamento entre o Poder e a Doutrina Wahhabita”, editado em Portugal pela Relógio de Água. Este autor é um dos mais categorizados especialistas da actualidade em assuntos do Médio Oriente e ao Islão em geral.
[ii] Mais que complacência é pura cobardia. No ano de 2007, no sul de Espanha, um Conselho Directivo de uma Escola, mandou proibir uma festa natalícia na sua escola, alegando, que pelo facto de nessa mesma escola andarem também a estudar meninos muçulmanos, tal poderia constituir uma ofensa (?) ao Islão…
[iii] Osama Bin Laden, por exemplo, é um saudita da seita dos Wahhabitas.
Carta (Aberta) ao Zé Campos e Sousa, aos meus amigos e a todos os Nacionalistas
O que diz pátria sem ter vergonha
E faz a guerra pela verdade;
Que ama o futuro, constrói e sonha
Pão e poesia para a Cidade
A esse quero chamar irmão,
Sentir-lhe o ombro junto do meu:
Ir a caminho de um coração
Que foi de todos e se perdeu.
António Manuel Couto Viana
Parece que estamos em “maré” de Epístolas. Às vezes assim é preciso. Às vezes mais que escrever cartas é necessário gritar. É o que eu vou aqui fazer, ou seja, escrevo-te esta carta, Zé Campos e Sousa, gritando.
Como te deves ter apercebido, eu recebi, via um e-mail do nosso amigo Nonas uma tua carta, que intitulaste «CARTA AOS MEUS AMIGOS: No tempo em que se festejam os 120 anos de Pessoa». Logo eu tomei a providência de a reproduzir (disso te dei o devido conhecimento, como tu sabes), colocando a mesma a circular entre os meus amigos e conhecidos. Soube, depois, que outros nossos amigos a colocaram nos seus blog’s, como, por exemplo, foi o caso do Humberto Nuno Oliveira e outros mais.
Dentro das minhas parcas possibilidades (e elas são realmente pobres), foi o esforço que eu pude despender, meu velho. Pudesse eu fazer mais!...
Senti que a tua mensagem, embora não sendo a “MENSAGEM” de Fernando Pessoa (a tal que como menestrel da Pátria queres cantar), tinha que alcançar o maior número possível de gente amiga ou conhecida.
Confesso-te que tive que ler a tua Carta duas vezes. Duas vezes, porque foi com algum custo e uma certa perturbação quando eu a li vez primeira. Ler para crer, como São Tomé?
Aquela “CARTA AOS MEUS AMIGOS”, escrita por um português de lei, por um antigo combatente de Além-Mar em África, por um amigo e camarada como tu, que conheço desde os primeiros anos do 25A74, golpe de Estado militar, pretoriano e corporativo (de tão nefasta memória e resultante de uma acção desalmada, porque feita por gente da tropa[i] sem Alma Lusa), que te viste na imperiosa e estranha contingência, quase dramática, de escrever aos teus amigos, isso para eles gerarem uma espécie de movimento de solidariedade (a tal bola de neve, como dizes na tua carta), com vista a ser editado um teu (NOSSO) CD, no caso vertente, especialmente alusivo aos 120 anos de Pessoa e ao seu poema “MENSAGEM”, representou para todos nós (nacionalistas), assim penso, um grito de alerta e que, inevitavelmente (assim o espero) terá que ter as devidas consequências. Nada pode continuar como dantes. Ou poderá? E não é só a ti que pergunto isso: e
a todos aqueles que se consideram portugueses e nacionalistas que eu questiono tal. Poderão as coisas continuar na mesma? Se calhar vão continuar.
Em certa medida, é uma vergonha (para todos nós!) que tivéssemos que receber uma missiva tua dessa natureza para despertarmos para um combate em prol da tão mal tratada Cultura Portuguesa. Um combate que é URGENTE e necessário fazer. Isso sob pena, caso não sejamos capazes, de capitularmos, uma vez mais (e sempre) perante os nossos inimigos que, obviamente, também são os inimigos de Portugal.
Nós, nacionalistas, temos de encontrar (e rapidamente!) alternativas culturais verdadeiramente nacionais. Isso sob a forma de uma nova Oficina de Teatro (que já tivemos no passado), de uma nova Cooperativa Livreira (que já tivemos no passado), de organizar Saraus Culturais (que já organizamos no passado), de ter gente a escrever e a declamar poesia; que saiba fazer um “jornal falado” (que já fizemos no passado) e outras coisas novas, que poderemos fazer no presente e no futuro. Se muitas dessas coisas já fizemos (como nacionalistas revolucionários) no passado, porque razão não o fazemos agora? Será porque já não somos a mesma “raça” de portugueses e de nacionalistas, como no passado? Ou será porque muitos “nacionalistas” andam hoje mais interessados em desenhar cruzes gamadas nas paredes e a escrever o “portuguesíssimo” termo Sieg Heil? Meditemos, nisto tudo, nem que seja por um breve momento.
Olha, Zé Campos e Sousa[ii], na tua “CARTA AOS MEUS AMIGOS”, devo aqui afirmar, que tu foste, no teu apelo, excessivamente modesto e humilde (como só as Almas Fortes são realmente capazes em o ser). Tu tinhas o direito de exigir muito mais… Mas, pensando muito melhor, não és tu que tens que ser ajudado. Nós é que, na verdade, é que temos que ser acudidos por ti. Obrigado, Zé Campos e Sousa, por teres sido capaz de teres feito isso por nós – TODOS.
Obrigado por nos teres feito ver (espero que definitivamente) que a alguma indiferença (talvez antes uma distracção, melhor dizendo) que todos, no fundo, demonstramos possuir perante o teu sacrifício e talento em cantar a Pátria (lembraste de cantares, com letra do nosso amigo Diogo Pacheco de Amorim, o “tragam rosas brancas, para a Pátria morta…”?), nos pode vir a custar muito caro. Muitíssimo mais caro do que o custo de uma qualquer produção de um mero CD que, embora cantado por ti, para que o possamos ouvir no próximo Natal e em todos os outros dias que o queiramos, deve ser, também, cantado pelas nossas vozes. Desafinadas ou não, isso pouco importa.
Obrigado, Zé Campos e Sousa, pela tua pequena/grande lição que nos deste a todos nós.
António José dos Santos Silva
Porto, Domingo, 2 de Novembro de 2008
Notas:
[i] Parece que os nossos actuais “magalas”, nos dias que hoje correm, andam muito agitados e descontentes com a presente situação política (que para ela, aliás, tanto contribuíram com o famigerado 25A74). Até já se ouvem veladas ameaças de a tropa sair dos quartéis p’rá rua. Será que essa “rapaziada” têm em mente um novo 25 de Abril Sempre? Olhem, senhores militares, que do 25 de Abril Sempre, o tal da aliança POVO-MFA, já estamos todos fartos. Seja do antigo ou de um outro qualquer mais “modernaço” e que andem para aí a cogitar. Ou será que tudo não passa de um pretexto para andarem a brincar nas ruas com os novos tanques de guerra “Leopardo”, recentemente adquiridos?
[ii] Que sempre me habituei a considerar como o nosso último bardo do Império (que um dia tivemos).
E faz a guerra pela verdade;
Que ama o futuro, constrói e sonha
Pão e poesia para a Cidade
A esse quero chamar irmão,
Sentir-lhe o ombro junto do meu:
Ir a caminho de um coração
Que foi de todos e se perdeu.
António Manuel Couto Viana
Parece que estamos em “maré” de Epístolas. Às vezes assim é preciso. Às vezes mais que escrever cartas é necessário gritar. É o que eu vou aqui fazer, ou seja, escrevo-te esta carta, Zé Campos e Sousa, gritando.
Como te deves ter apercebido, eu recebi, via um e-mail do nosso amigo Nonas uma tua carta, que intitulaste «CARTA AOS MEUS AMIGOS: No tempo em que se festejam os 120 anos de Pessoa». Logo eu tomei a providência de a reproduzir (disso te dei o devido conhecimento, como tu sabes), colocando a mesma a circular entre os meus amigos e conhecidos. Soube, depois, que outros nossos amigos a colocaram nos seus blog’s, como, por exemplo, foi o caso do Humberto Nuno Oliveira e outros mais.
Dentro das minhas parcas possibilidades (e elas são realmente pobres), foi o esforço que eu pude despender, meu velho. Pudesse eu fazer mais!...
Senti que a tua mensagem, embora não sendo a “MENSAGEM” de Fernando Pessoa (a tal que como menestrel da Pátria queres cantar), tinha que alcançar o maior número possível de gente amiga ou conhecida.
Confesso-te que tive que ler a tua Carta duas vezes. Duas vezes, porque foi com algum custo e uma certa perturbação quando eu a li vez primeira. Ler para crer, como São Tomé?
Aquela “CARTA AOS MEUS AMIGOS”, escrita por um português de lei, por um antigo combatente de Além-Mar em África, por um amigo e camarada como tu, que conheço desde os primeiros anos do 25A74, golpe de Estado militar, pretoriano e corporativo (de tão nefasta memória e resultante de uma acção desalmada, porque feita por gente da tropa[i] sem Alma Lusa), que te viste na imperiosa e estranha contingência, quase dramática, de escrever aos teus amigos, isso para eles gerarem uma espécie de movimento de solidariedade (a tal bola de neve, como dizes na tua carta), com vista a ser editado um teu (NOSSO) CD, no caso vertente, especialmente alusivo aos 120 anos de Pessoa e ao seu poema “MENSAGEM”, representou para todos nós (nacionalistas), assim penso, um grito de alerta e que, inevitavelmente (assim o espero) terá que ter as devidas consequências. Nada pode continuar como dantes. Ou poderá? E não é só a ti que pergunto isso: e
a todos aqueles que se consideram portugueses e nacionalistas que eu questiono tal. Poderão as coisas continuar na mesma? Se calhar vão continuar.
Em certa medida, é uma vergonha (para todos nós!) que tivéssemos que receber uma missiva tua dessa natureza para despertarmos para um combate em prol da tão mal tratada Cultura Portuguesa. Um combate que é URGENTE e necessário fazer. Isso sob pena, caso não sejamos capazes, de capitularmos, uma vez mais (e sempre) perante os nossos inimigos que, obviamente, também são os inimigos de Portugal.
Nós, nacionalistas, temos de encontrar (e rapidamente!) alternativas culturais verdadeiramente nacionais. Isso sob a forma de uma nova Oficina de Teatro (que já tivemos no passado), de uma nova Cooperativa Livreira (que já tivemos no passado), de organizar Saraus Culturais (que já organizamos no passado), de ter gente a escrever e a declamar poesia; que saiba fazer um “jornal falado” (que já fizemos no passado) e outras coisas novas, que poderemos fazer no presente e no futuro. Se muitas dessas coisas já fizemos (como nacionalistas revolucionários) no passado, porque razão não o fazemos agora? Será porque já não somos a mesma “raça” de portugueses e de nacionalistas, como no passado? Ou será porque muitos “nacionalistas” andam hoje mais interessados em desenhar cruzes gamadas nas paredes e a escrever o “portuguesíssimo” termo Sieg Heil? Meditemos, nisto tudo, nem que seja por um breve momento.
Olha, Zé Campos e Sousa[ii], na tua “CARTA AOS MEUS AMIGOS”, devo aqui afirmar, que tu foste, no teu apelo, excessivamente modesto e humilde (como só as Almas Fortes são realmente capazes em o ser). Tu tinhas o direito de exigir muito mais… Mas, pensando muito melhor, não és tu que tens que ser ajudado. Nós é que, na verdade, é que temos que ser acudidos por ti. Obrigado, Zé Campos e Sousa, por teres sido capaz de teres feito isso por nós – TODOS.
Obrigado por nos teres feito ver (espero que definitivamente) que a alguma indiferença (talvez antes uma distracção, melhor dizendo) que todos, no fundo, demonstramos possuir perante o teu sacrifício e talento em cantar a Pátria (lembraste de cantares, com letra do nosso amigo Diogo Pacheco de Amorim, o “tragam rosas brancas, para a Pátria morta…”?), nos pode vir a custar muito caro. Muitíssimo mais caro do que o custo de uma qualquer produção de um mero CD que, embora cantado por ti, para que o possamos ouvir no próximo Natal e em todos os outros dias que o queiramos, deve ser, também, cantado pelas nossas vozes. Desafinadas ou não, isso pouco importa.
Obrigado, Zé Campos e Sousa, pela tua pequena/grande lição que nos deste a todos nós.
António José dos Santos Silva
Porto, Domingo, 2 de Novembro de 2008
Notas:
[i] Parece que os nossos actuais “magalas”, nos dias que hoje correm, andam muito agitados e descontentes com a presente situação política (que para ela, aliás, tanto contribuíram com o famigerado 25A74). Até já se ouvem veladas ameaças de a tropa sair dos quartéis p’rá rua. Será que essa “rapaziada” têm em mente um novo 25 de Abril Sempre? Olhem, senhores militares, que do 25 de Abril Sempre, o tal da aliança POVO-MFA, já estamos todos fartos. Seja do antigo ou de um outro qualquer mais “modernaço” e que andem para aí a cogitar. Ou será que tudo não passa de um pretexto para andarem a brincar nas ruas com os novos tanques de guerra “Leopardo”, recentemente adquiridos?
[ii] Que sempre me habituei a considerar como o nosso último bardo do Império (que um dia tivemos).
Os Novos dias de Sodoma e Gomorra
Domingo, dia 16 de Novembro de 2008, pela manhã cedo, quando me dirigia a uma esplanada de um café na baixa portuense, tal para tomar uma espécie de magro pequeno-almoço (apenas um cimbalino curto), li num escaparate de jornais de uma tabacaria próxima (das raras que estão abertas a um domingo na baixa do Porto, quase desertificada) que aqui em Portugal começa a ser moda, entre certos casais jovens, o adoptarem o que eles designam por poliamor. O que é isto? Fiquei a saber que tal designação significa a chamada, também por eles, de “relação amorosa aberta”, isto é, tanto eles como elas têm outras parceiras e parceiros na sua “vida amorosa”, tal por mutuo consentimento entre eles. Não, nada tem a ver com a aberrante prática da “troca de casais”. É outra coisa mais “modernaça” e muito mais “prafrentex”. É o deboche e a decadência absoluta do ser humano. É, na verdade dos factos, Sodoma e Gomorra actualizada.
Como é que chegamos a este deplorável estado de degradação dos costumes e da moral em Portugal e no Ocidente?
SANTOS SILVA
Como é que chegamos a este deplorável estado de degradação dos costumes e da moral em Portugal e no Ocidente?
SANTOS SILVA
10 Pontos Cardeais
O Gladium Nacional, pensa, convictamente, ser esta a hora indicada para de uma forma lúcida, serena e muito séria, Repensar Portugal, quer na sua existência situada no interior de si mesmo, quer também no papel que ainda lhe está superiormente reservado num plano estritamente internacional.
Diante dos dias e trabalhos que, inevitavelmente, aí se aproximam, apelamos a todos quantos se afirmam nacionalistas para se mobilizarem em torno de um combate pela salvaguarda da noção de Nação e contra todas as ameaças que sobre ela impendem.
Assim são os tempos (revoltos) em que a nau Portugal, crivada de rombos, voga aí à inteira deriva sobre o mar de saliva altamente encapelado e em mares de saliva submerge.
Temos (como nacionalistas), por isso, o direito e, sobretudo, o dever indeclinável de apontar o norte magnético a rumo tão desnorteado e de indicar à mesma os caminhos do salvamento – das Novas Descobertas.
Mas, atenção, os [duros] caminhos que devemos trilhar são os da Vereda Estreita, isto é: o caminho mais difícil (pedregoso) e longo, mas, na realidade, o único que nos pode conduzir a Porto Seguro.
Terão, igualmente, que ser caminhos de estudo e de madura reflexão, conducentes a uma produção de futuro para o destino de Portugal. É que, caso contrário, corremos fatalmente o muito sério risco de tudo o que fizermos de nada valer de nada.
Vereda Estreita, mas, que por assim o ser, representa uma via (de resgate) que nos possa realmente conduzir do malogro ao milagre; em que – passo a passo – nos possamos recriar historicamente. É tempo de afirmarmo-nos como Nacionalistas e erguermo-nos, novamente, como Povo com Raiz e Identidade, nem que para isso tenhamos que começar tudo – de novo! – nos Montes Hermínios.
______________________________
1. É evidente, público e notório, que muita da actual “classe política” e o actual regime político demo-liberal, não servem o interesse nacional e, consequentemente, os interesses dos portugueses e das portuguesas. As mais de três décadas de abusos da política em Portugal são disso um cabal espelho. É por isso necessário substituir e alterar profundamente a configuração do actual sistema político. É imperioso que se abram novos e justos rumos para Portugal e para os Portugueses.
2. Nacionalistas ou não, os Portugueses não têm que se envergonhar de privilegiar a sua Pátria e a sua História. Muitíssimo pelo contrário.
3. Promoção e constituição daquilo que deve ser designado por uma aristocracia de almas fortes, como um poderoso reduto nacional para a salvaguarda da noção de Nação contra as ameaças presentes e emergentes que sobre ela impendem.
4. De modo algum é possível imaginar um sistema de educação em Portugal sem referências éticas e culturais. As referências que o ME (Ministério da Educação (?)) promove, visam, fundamentalmente, a desnacionalização da Educação e Cultura Nacional. Devemos exigir, acima de tudo, valores autenticamente nacionais, para uma efectiva Educação Nacional.
5. Não restam dúvidas que um dos maiores problemas nacionais e europeus, são a decadência demográfica (ausência de protecção à natalidade e pela liberalização do crime do aborto) e a ameaça da imigração em massa, caótica e descontrolada, no caso vertente português, em boa parte fautora da onda de problemas sociais graves, de marginalidade e do crescendo exponencial da criminalidade violenta que assola Portugal e que importa ser urgentemente neutralizada. Se formos incapazes de resolver esta preocupante e muito crítica questão, tudo o resto que conseguirmos será verdadeiramente efémero.
6. A defesa e a restauração da imagem tutelar da família, primeiro e último reduto de corpo e almas, dons e haveres. Às famílias portuguesas, pois, todas as prioridades da política nacional, isso através da recuperação dos valores familiares.
7. O importantíssimo papel religioso e histórico da Igreja Católica Portuguesa na formação moral e espiritual de Portugal como Nação não pode ser ignorado e subalternizado, tal sob pena de vermos agravada ainda mais a nossa crise de Identidade Nacional que perigosamente ameaça seriamente dissolver o nosso presente e futuro como Pátria Portuguesa com soberania identitária própria e universalista.
8. Potenciação do Ideal de Justiça no exercício da jurisprudência. Magistratura Judicial, Ministério Público e Forças Policiais e de Segurança Nacional, terão que voltar a ser os pilares da sociedade que deixaram de ser.
9. Veemente denúncia e combate ao sistema de mediocridade e estado de corrupção generalizada que Portugal atravessa e que o actual lodaçal político demo-liberal fortemente incrementa da forma mais preocupante. Um factor que contribui para pôr em causa a coesão nacional, até porque, em muitos casos, já com contornos e acções engendradas pelo crime internacional organizado.
10. Implementação de um ideal tradicional-revolucionário que contemple o corpo da Pátria em cada um dos seus membros.
Para honra, proveito, glória e a bem de Portugal. De um Portugal duradouro e permanecente. De um Portugal moderno, muito antigo.
Gladium nacional
Diante dos dias e trabalhos que, inevitavelmente, aí se aproximam, apelamos a todos quantos se afirmam nacionalistas para se mobilizarem em torno de um combate pela salvaguarda da noção de Nação e contra todas as ameaças que sobre ela impendem.
Assim são os tempos (revoltos) em que a nau Portugal, crivada de rombos, voga aí à inteira deriva sobre o mar de saliva altamente encapelado e em mares de saliva submerge.
Temos (como nacionalistas), por isso, o direito e, sobretudo, o dever indeclinável de apontar o norte magnético a rumo tão desnorteado e de indicar à mesma os caminhos do salvamento – das Novas Descobertas.
Mas, atenção, os [duros] caminhos que devemos trilhar são os da Vereda Estreita, isto é: o caminho mais difícil (pedregoso) e longo, mas, na realidade, o único que nos pode conduzir a Porto Seguro.
Terão, igualmente, que ser caminhos de estudo e de madura reflexão, conducentes a uma produção de futuro para o destino de Portugal. É que, caso contrário, corremos fatalmente o muito sério risco de tudo o que fizermos de nada valer de nada.
Vereda Estreita, mas, que por assim o ser, representa uma via (de resgate) que nos possa realmente conduzir do malogro ao milagre; em que – passo a passo – nos possamos recriar historicamente. É tempo de afirmarmo-nos como Nacionalistas e erguermo-nos, novamente, como Povo com Raiz e Identidade, nem que para isso tenhamos que começar tudo – de novo! – nos Montes Hermínios.
______________________________
1. É evidente, público e notório, que muita da actual “classe política” e o actual regime político demo-liberal, não servem o interesse nacional e, consequentemente, os interesses dos portugueses e das portuguesas. As mais de três décadas de abusos da política em Portugal são disso um cabal espelho. É por isso necessário substituir e alterar profundamente a configuração do actual sistema político. É imperioso que se abram novos e justos rumos para Portugal e para os Portugueses.
2. Nacionalistas ou não, os Portugueses não têm que se envergonhar de privilegiar a sua Pátria e a sua História. Muitíssimo pelo contrário.
3. Promoção e constituição daquilo que deve ser designado por uma aristocracia de almas fortes, como um poderoso reduto nacional para a salvaguarda da noção de Nação contra as ameaças presentes e emergentes que sobre ela impendem.
4. De modo algum é possível imaginar um sistema de educação em Portugal sem referências éticas e culturais. As referências que o ME (Ministério da Educação (?)) promove, visam, fundamentalmente, a desnacionalização da Educação e Cultura Nacional. Devemos exigir, acima de tudo, valores autenticamente nacionais, para uma efectiva Educação Nacional.
5. Não restam dúvidas que um dos maiores problemas nacionais e europeus, são a decadência demográfica (ausência de protecção à natalidade e pela liberalização do crime do aborto) e a ameaça da imigração em massa, caótica e descontrolada, no caso vertente português, em boa parte fautora da onda de problemas sociais graves, de marginalidade e do crescendo exponencial da criminalidade violenta que assola Portugal e que importa ser urgentemente neutralizada. Se formos incapazes de resolver esta preocupante e muito crítica questão, tudo o resto que conseguirmos será verdadeiramente efémero.
6. A defesa e a restauração da imagem tutelar da família, primeiro e último reduto de corpo e almas, dons e haveres. Às famílias portuguesas, pois, todas as prioridades da política nacional, isso através da recuperação dos valores familiares.
7. O importantíssimo papel religioso e histórico da Igreja Católica Portuguesa na formação moral e espiritual de Portugal como Nação não pode ser ignorado e subalternizado, tal sob pena de vermos agravada ainda mais a nossa crise de Identidade Nacional que perigosamente ameaça seriamente dissolver o nosso presente e futuro como Pátria Portuguesa com soberania identitária própria e universalista.
8. Potenciação do Ideal de Justiça no exercício da jurisprudência. Magistratura Judicial, Ministério Público e Forças Policiais e de Segurança Nacional, terão que voltar a ser os pilares da sociedade que deixaram de ser.
9. Veemente denúncia e combate ao sistema de mediocridade e estado de corrupção generalizada que Portugal atravessa e que o actual lodaçal político demo-liberal fortemente incrementa da forma mais preocupante. Um factor que contribui para pôr em causa a coesão nacional, até porque, em muitos casos, já com contornos e acções engendradas pelo crime internacional organizado.
10. Implementação de um ideal tradicional-revolucionário que contemple o corpo da Pátria em cada um dos seus membros.
Para honra, proveito, glória e a bem de Portugal. De um Portugal duradouro e permanecente. De um Portugal moderno, muito antigo.
Gladium nacional
Resistirá o Socialismo ao Séc. XXI
O Nazismo e o Comunismo como paradigmas do Socialismo
O facto de um número considerável de países europeus ter colocado fora de combate, por via eleitoral, o que neles restava das estruturas socialistas, levanta a questão de saber até que ponto esse afastamento compulsivo, por mandato popular, dessas forças políticas, é ou não definitivo.
Porque não é possível esquecer e desprezar, até pelas suas consequências, o que foram e representaram os socialismos, fossem eles vermelhos, castanho ou preto, na História das Nações europeias ao longo do século XX. Nem as suas concepções do mundo e do homem. Nem a sua capacidade de assimilar à força pessoas, famílias e grupos sociais em estruturas de totalidade, isto é, em estruturas estatais, como convém a partir do momento em que se identifica o Estado com o Absoluto.
Chegados que somos a este pressuposto do Estado totalitário, essencial em qualquer regime socialista, democrático ou não, cabe agora caracterizar os outros pressupostos daqueles que foram os dois regimes socialistas mais dignos desse nome no século XX: o nacional-socialismo e o socialismo marxista – ou “científico” – como alguns lhe chamaram. O fascismo italiano (histórico), ainda que teoricamente totalitário e estatólatra, não foi, na prática, um regime socialista com a mesma graduação e da mesma natureza do alemão e do soviético. Quanto aos socialismos ditos democráticos, procuram os mesmos fins com “luvas de seda”.
Estado socialista, Estado totalitário
Basta conhecer a diferença entre um adjectivo e um substantivo para perceber que “nacional” é adjectivo e “socialismo” é substantivo. Pelo que o nacional-socialismo (NS) é tão socialismo como o marxista e isso foi que lhe conferiu a categoria de regime totalitário. Identificar o NS – que foi um fenómeno exclusivamente alemão e inconcebível noutra Nação – com o nacionalismo, é pura ignorância do que é uma coisa e outra. É tão crasso como dizer que Portugal é Espanha.
O socialismo, ao identificar o Estado com o Absoluto, não permite que nada fique de fora de si próprio, nem configurado de forma diferente daquela que é concebida. Tudo está subordinado ao Estado, que é a origem e o fim de tudo: a nação, a Pátria, os corpos sociais, a família, a pessoa (frequentemente considerada uma abstracção); enfim, toda a actividade humana: a liberdade, a arte, a economia, a vida social, o trabalho, a ciência, a vida espiritual e religiosa. O estado é o único deus. O socialismo a religião.
Ao deificar o Estado torna-se supérflua toda a religião. Por isso, o marxismo a considerou como o “ópio do povo”, perseguindo com dureza, em particular, o Cristianismo, de forma a restar só as estruturas que aceitassem permanecer sob o controlo do estado soviético e as pessoas que lhe merecessem confiança.
A incompatibilidade entre o NS e o Cristianismo só pode parecer estranha para quem não conhece bem a natureza de um e do outro. Se persistirem dúvidas basta só atentar nas seguintes citações:
«O NS não aceita sem reservas o Cristianismo, quer ele seja uma fé ou uma Igreja organizada, quer ele se manifeste no domínio político ou no domínio religioso. Aceita-o apenas na medida em que ele respeita os limites que lhe são inerentes e em que não invade o domínio do poder político…Que vem a ser o político? Político é tudo o que respeita às formas de organização da sociedade humana: a Palavra, a Imagem, a Escrita e o Gesto, numa palavra, tudo aquilo que possa ter quaisquer laços com a comunidade da Nação. Que é a religião? Religião é tudo o que sai do quadro terrestre, a crença no divino, o sentimento do infinito, a nostalgia das coisas que se situam para além do mundo visível aos homens. Segundo tal concepção, toda a materialização da fé – uma peregrinação ou uma procissão, um sermão ou um ensinamento religioso, a instituição da Igreja como tal – confundir-se com uma manifestação política.»[1]
«Nós, os NS, exigimos que a vida pública seja libertada de quaisquer intromissões religiosas. Que sentido faz que existam ainda associações de funcionários cristãos? Nós não queremos funcionários católicos nem funcionários protestantes, queremos funcionários alemães. Para que serve uma imprensa quotidiana católica? Não temos necessidade de quotidianos católicos ou protestantes, mas apenas quotidianos alemães. Nada no nosso regime justifica a existência de associações profissionais católicas, de círculos ou de movimentos das juventudes católicas. Isso está ultrapassado. As actividades destas organizações estendem-se frequentemente por domínios que são da exclusiva alçada do Estado NS. Estas coisas só podem contribuir para abalar a unidade do Povo Alemão. Mas nós não deixaremos abalar esta unidade, que Adolf Hitler criou depois de uma luta de quinze anos, deixando conquistar a alma alemã seja por quem for.»[2]
Em Mein Kampf, Hitler tinha acentuado a neutralidade do seu movimento em matéria de religião. Por um lado, tinha chamado a atenção do Povo Alemão contra uma cisão confessional que só poderia aproveitar à “Judearia Internacional”, e por outro lado considerava o Catolicismo e o Protestantismo como garantias da continuidade do Povo Alemão. Hitler punha de lado os partidos que eram portadores de uma etiqueta religiosa. É evidente que, com isso, visava principalmente o grande partido católico do “Centro”. Insistia na mais estrita separação entre a Igreja e o Estado. A Igreja devia ocupar-se apenas dos problemas espirituais, e em caso algum devia intervir nos negócios temporais, domínio exclusivo do Estado. Já antes de 1933 o programa do NSDAP incluía a liberdade de todas as crenças, mas com uma restrição muito significativa:
«Na medida em que ela (esta liberdade) não ameace a existência do Estado e não entre em contradição com a moral da raça germânica».
A noção de raça estava já a opor-se à de religião.
O NSDAP continuava:
«O Partido como tal é o representante do Cristianismo positivo.»[3]
Tratava-se de uma fórmula muito ambígua, que deixa a porta aberta a todas as interpretações. Depois da tomada do poder, Hitler, por razões tácticas, fáceis de compreender, afirma-se profundamente cristão. Considera o catolicismo e o protestantismo como os dois factores mais importantes para a estruturação do carácter nacional e os fundamentos inabaláveis da vida normal e dos costumes do Povo Alemão. Porém, nas suas conversas privadas a linguagem usada não tinha nada a ver com as declarações oficiais, como aconteceu numa entrevista concedida a Rauschning: era de capital importância saber:
«Se o Povo Alemão ia persistir na religião judaico-cristã, com a sua moral emoliente baseada na piedade, ou se ia adoptar uma fé heróica e forte, uma vez que os únicos deuses são a Natureza, o Povo, o Destino e o Sangue.» E continuava:
«Uma Igreja alemã, um Cristianismo Alemão é uma aldrabice. Ou se é cristão ou se é alemão. Não se pode ser as duas coisas ao mesmo tempo.»[4]
Fingia-se apenas que se reagia contra a intromissão da Igreja no domínio político, e a Igreja tinha de arcar com a responsabilidade de atravessar uma fronteira que na realidade não existia, ou que era traçada de maneira arbitrária. Sob um regime que se dizia sem restrições do “homem total”, onde começava o domínio político e terminava o domínio religioso?
O NS e o socialismo soviético tiveram efectivamente essa raiz comum – a ideologia socialista –, com a correspondente concepção totalitária do Estado. Hitler e Estaline tiveram até, em determinados momentos da História, entendimentos comuns – o célebre tratado germano-soviético de 22 de Agosto de 1939, que dividiu a polónia pelos dois blocos socialistas de então. Bem entendidos estavam eles também quanto ao tratamento a dar a quem não se enquadrasse dentro da dinâmica do Estado, ou se lhes pudesse fazer sombra: a eliminação física sistemática. Basta lembrar o que aconteceu na Alemanha de 30 de Junho para 1 de Julho de 1934 – na noite das “facas longas”. As SS eliminaram à bala centenas de dirigentes das SA, com Ernst Röhm à cabeça, Chefe de Estado-Maior desta organização ligada ao NSDAP, desde 1931, que, assim, acabou por perder o seu protagonismo no seio do regime. Estaline pôde fazer isso mais vezes, com mais pessoas, com mais calma e com mais discrição. Esteve mais tempo no poder soviético que Hitler no poder alemão.
Mas entre o socialismo soviético e o NS não existiram só semelhanças. Existiram também diferenças. A começar pelos mestres inspiradores mais próximos. O socialismo soviético foi inspirado nas ideias de Marx e Lenine, baseadas originalmente em pressupostos económicos[5], enquanto o NS foi fortemente inspirado por Nietzsche e pela sua apologia da superioridade rácica.
Embora o NS estivesse destinado a conduzir a Alemanha para uma sociedade sem classes, não o pretendia fazer segundo os moldes de enfrentamento próprios do materialismo histórico e dialéctico, isto é, baseado na famosa luta de classes entre proletariado – os oprimidos – e capitalistas – os opressores –, motor da História e meio infalível para se chegar a um novo e definitivo patamar da existência humana: a ditadura do proletariado. Este foi o grande desígnio e utopia da revolução bolchevique. Mas a revolução NS não passaria por aí. Hitler não dispensou os capitalistas alemães de contribuírem para a prosperidade da Alemanha, necessária para sustentar um esforço de guerra que já em 1936 antevia:
«A nossa situação política apresenta-se deste modo: a Europa só conta actualmente dois Estados que se possam considerar sólidos em face do bolchevismo: a Alemanha e a Itália. (…) Além da Alemanha e da Itália, só o Japão poderia ser considerado como uma potência sólida em face do perigo mundial. Este memorando não se destina a predizer o momento em que a situação insustentável da Europa se transformará numa crise aberta. Aqui desejaria apenas afirmar a minha convicção de que esta crise não pode deixar de se produzir e se produzirá. (…) Eu fixo, portanto, os seguintes empreendimentos: 1) O exército alemão deve estar pronto a entrar em combate dentro de quatro anos; 2) Dentro de quatro anos a economia alemã deve ser capaz de suportar uma guerra.»[6]
O homem nacional-socialista
O movimento NS, liderado por Adolf Hitler, não pretendia apenas a tomada do poder na Alemanha. Tinha uma concepção muito própria do mundo e do homem, baseada nas ideias de Nietzsche, que o Führer tentaria pôr em prática. Visava, após a tomada do poder em Berlim, a criação de um homem que tivesse como símbolo o Übermensch, anunciado por Zaratustra[7]. Depois da “morte de Deus” – Gott ist tot – é necessário encontrar um novo sentido para o mundo e para a vida, para a cultura e para a História. Esse sentido é o “super-homem”. Individuo ou espécie, o Übermensch encarna a vontade de domínio, o impulso original de todo o ser, a besta fulva e o grande aristocrata que vivem e se realizam “além do bem e do mal”, do justo e do injusto, de todas as dicotomias surgidas no mundo a partir do velho profeta Zoroastro e continuadas através de Sócrates e seus descendentes morais e, sobretudo, através de quase dois milénios de Cristianismo. O super-homem virá dizer “sim” à Terra e a tudo quanto a Terra representa de absoluto e de fim em si mesma, virá operar uma radical transmutação de todos os valores. O Übermensch, verdadeiro modelo da raça superior, é pura vontade de poder, instinto de sobrevivência, a mais admirável força da Natureza, ao qual está reservado um destino heróico.
Enquanto o socialismo soviético apostava nas massas proletárias oprimidas pelo jugo capitalista e estatizava todos os meios de produção e de riqueza, impondo o Partido Comunista como “alma” do Estado soviético, a revolução NS apresentava a sua própria concepção do mundo – weltanschauung. O homem NS não tinha vocação de oprimido, mas de herói – à imagem do Führer, sobre quem recai a responsabilidade total. O Estado identifica-se com o Absoluto, o NSDAP e as suas organizações e associações – como as SS – são a “alma” do Estado, e o Führer a sua personificação, em quem se confia e obedece cegamente.
O homem NS considera-se superior em virtude da raça e da sua moral decorrente, como bem demonstram as palavras do Reichsführer SS Heinrich Himmler:
«…Há 11 anos, desde que eu sou Reichsführer SS, o último objectivo continua para mim invariável: criar uma Ordem do Sangue Puro capaz de servir a Alemanha, uma Ordem capaz de se dedicar sem hesitação nem reservas e de suprir, graças à sua vitalidade – pois os seus membros são sempre substituídos – às perdas mais duras, uma Ordem que difunda tão ao largo esta noção de sangue nórdico, que possamos atrair a nós o sangue nórdico do mundo inteiro, que o possamos retirar aos nossos adversários para o juntarmos ao nosso, e que assim nunca mais uma gota de sangue nórdico, de sangue germânico, possa lutar contra nós. Nós devemos possuir este Sangue Puro; os outros não devem ter nenhum. (…) Regra absoluta para os SS: não devemos honestidade, benevolência, fidelidade e reconforto senão aos membros do nosso próprio sangue, e ninguém mais. A sorte dos Russos ou dos Checos é-nos completamente indiferente. Nós apropriarnos-emos do que estes povos possam ter de sangue bom, roubando, se necessário for, os seus filhos para os educar entre nós. Só na medida em que a nossa civilização tem necessidade de escravos, é que nos importa saber se os outros povos vivem na opulência ou morrem de fome – a não ser por isso, não têm para nós qualquer interesse. Que 10.000 mulheres russas desfaleçam esgotadas na construção de uma vala anticarro não nos interessa a não ser na medida em que esse trabalho pode ser realizado para o bem da Alemanha. Que fique bem claro que não seremos nem brutais nem desumanos a não ser quando isso for necessário. Nós, os Alemães, o único povo do mundo a ter uma atitude correcta para com os animais, também adoptaremos uma atitude correcta para com os animais humanos. É contudo um crime para com o nosso próprio sangue preocuparmo-nos por eles e consagrarmos-lhes ideais, para que os nossos filhos e os nossos netos tenham mais dificuldades com eles. Se tu vens dizer-me: “Eu não posso construir esta vala anticarro com mulheres e crianças; é desumano, porque morrem como moscas”, então eu dir-te-ei: “Assassino do teu próprio sangue! Se a vala não for aberta, morrerão soldados alemães, filhos de mulheres alemãs, gente do nosso sangue”. É isto que eu queria incutir – e creio tê-lo conseguido – aos SS. Isto é uma das nossas leis mais sagradas: a nossa preocupação, o nosso dever, deve referir-se ao nosso povo e ao nosso sangue. É neles que devemos pensar, é sobre eles que devemos velar, é por eles que teremos de trabalhar e de combater – por mais ninguém. Tudo o resto nos é indiferente…»[8]
Assim se justifica a eliminação física de quem quer que seja que não tenha sangue germânico – untermenschen –, pelo facto da Alemanha reclamar esse sacrifício ou, simplesmente, pela hipótese meramente académica de algum dia vir a causar dificuldades ao estado NS. Ideias que talvez não resistam a duas perguntas: imbecil, em que é que o teu sangue vale mais que o dos outros? Porque é que a tua raça é superior às outras? Explica-me.
A perseguição e tentativa de extermínio dos judeus, povo especialmente visado por essa “raça de senhores”, mas não exclusivamente, encontra fortes apelos nas ideias de Nietzsche, como demonstram algumas citações das suas obras. Em o “Anticristo”, Nietzsche considera que o Cristianismo não é uma reacção contra o instinto judaico, antes é “um avanço na sua lógica terrível”[9]. Nessa mesma obra, considera a propósito dos judeus: “o povo mais singular da história”, “antítese dos seus valores naturais”, “o povo mais funesto da história universal”, que visa “tornar a humanidade doente e perverter as noções do bem e do mal, de verdadeiro e de falso num sentido mortal para a vida e infamante para o mundo”[10]
Em “Para Além do Bem e do Mal” afirma não ter encontrado “um só alemão que goste dos judeus”. Aqui contesta o princípio oriundo do Cristianismo da igualdade dos homens perante Deus, por conduzir ao domínio dos fortes pelos fracos e, por conseguinte, à mediocridade e proclama a existência de diferentes tipos de homem. Daqui surge o modelo do “super-homem” e a “vontade de poder”. É em homens “fortes e independentes, preparados e predestinados para o comando” que “encarna a razão e a arte de uma raça dominante”[11]. A compaixão contraria a lei da evolução, identificada com selecção, exerce uma acção depressiva e conduz ao nada: “quando alguém se compadece, enfraquece-se”[12]
Por isso Himmler pôde continuar com o seu discurso, agora, em particular, visando os judeus:
«Agora falarei da extirpação e do extermínio do Povo Judeu. Isso fazia parte das missões fáceis de ordenar: “O Povo Judeu será exterminado, disseram os membros do Partido, isso faz parte do nosso programa. Nós liquidaremos os judeus, nós exterminá-los-emos.” E afinal, o que vimos? 80 milhões de óptimos alemães, e cada um deu guarida a seu bom judeu: “Sem dúvida, os outros são uns porcos, mas este é um Judeu bom”. Nenhum dos que assim falam viu a viveu aquilo que nós vimos e vivemos. A maior parte de vós sabe o que é um monte de 100, 500 ou mesmo 1.000 cadáveres. Temos suportado tudo isso e – abstraindo de delírios imputáveis à fraqueza humana – termos ficado normais, endureceu-nos. É uma página gloriosa da nossa história, página que nunca tinha sido escrita e que nunca mais voltará a sê-lo…»[13]
As estimativas sobre o quantitativo de judeus exterminados apontam para os seguintes valores: a Comissão Alemã refere entre um mínimo de 4. 200.000 e um máximo de 4.600.000, enquanto a Comissão Anglo-Saxónica aponta para 5.700.000.[14]
Mas é sabido como o NS acabou em 1945. Em Abril desse ano, o homem que tudo dirigiu na Alemanha desde 1933, dizia:
«O nacional-socialismo morreu. Talvez dentro de cem anos surja uma ideia semelhante, com a força de uma religião. Mas a Alemanha está perdida. Não foi suficientemente forte para a missão que lhe destinei.» Por isso, cerca de um mês depois o Führer suicidou-se, fazendo jus à fama de heroísmo que todos reconheciam nele. Os mil anos de revolução levada a cabo na Alemanha, afinal foram só doze.
Para a posteridade, para a modernidade
Caídos os regimes socialistas, respectivamente em 1945 e 1989, a sua influência não deixou, por isso, de se fazer sentir nas chamadas democracias, que lhes assimilaram algumas sementes.
Os postulados e princípios sobre a propaganda que o Dr. Goebbels fixou para a utilização dos meios de comunicação de massas de então – a rádio e o cinema – continuam intactos a pontificar nos nossos dias, agora também estendidos à televisão.
Se bem que já tivessem havido precedentes nos Estados Unidos da América do Norte e Suécia dos anos 20 e 30, os planos eugénicos fixados pelo regime NS numa célebre reunião em Berlim – Tiergartenstrasse, 4 – em 1939, vão-se cumprindo fielmente a pouco e pouco. A apologia do aborto, da eutanásia e das manipulações genéticas com fins eugénicos aí estão por todo o lado a fazer sensação. A justificação não será a do apuramento de uma raça, mas não deixa de ser a da eugenia, misturada com motivações de rentabilidade económica e razões de carácter utilitário – quando dá jeito. O que acaba por fazer vir ao de cima o apelo à exterminação de raças inferiores como os não desejados, os doentes incuráveis e terminais, os deficientes e os económica e fisicamente mais fracos.
São legados de visões socialistas do mundo e do homem que as democracias fizeram o favor de transportar para o século XXI. O que corresponde, no fundo, a essa tentação de poder que se insinua no íntimo de cada homem, quer se julgue personificar o Estado ou não: o domínio absoluto da própria vida e da vida dos outros.
Uma questão, à primeira vista, intrigante é a de saber porque é que a “sociedade da informação” condena frequentemente o NS enquanto esquece que o socialismo soviético existiu, maltratou e exterminou mais pessoas que o NS. Isto vê-se de forma inquestionável no cinema e no facto de, até hoje, não ter havido um único cineasta que se interessasse pela “gesta” de Estaline, que é bem grande. O que fará calar essa gente? O que é que torna o NS mais odioso que o socialismo soviético?
Talvez se possam encontrar duas explicações: primeiro, uma questão de propaganda, de conveniência e de silêncio, que é também uma grande propaganda. Andam para aí ainda muitos senhores e senhoras que foram (e ainda serão?) grandes apologistas do regime soviético, com todas as más consequências que teve. Mas ninguém lhes aponta o dedo pelo facto de terem defendido apaixonadamente um regime verdadeiramente criminoso. Postos a apontar regimes totalitários e criminosos, temos que os apontar todos e não só alguns.
Outra ordem de razões prende-se com o facto do regime soviético ter dirigido a sua sanha contra classes, o que não personaliza tanto a carga de ódio e desprezo contra indivíduos, como o NS, supostamente pertencentes a raças inferiores.
O Estado hobbesiano
O modelo de Estado mais frequente nos actuais regimes demo-liberais e capitalistas do Ocidente apresenta claras influências conceptuais de Thomas Hobbes, designadamente, expostas em “Leviathan”.
As crescentes dificuldades manifestadas pelo homem ocidental para ser senhor de si próprio, isto é, ser capaz de se governar a si próprio, – o que não é o mesmo que ser individualista – como consequência da crescente valorização do bem estar material e do conforto, das dependências várias, do consumismo e, paradoxalmente, do egoísmo, acabam por lhe enfraquecer o carácter e justificar que se encontre no Estado, “enquanto expressão do Contrato Social que envolve a alienação para um soberano do direito de cada homem se governar a si próprio”[15], “a solução para a paz e o bem-comum de uma colectividade que, vivendo no seu “estado de natureza” se destruiria. O Estado é, deste modo, a única salvaguarda do indivíduo”[16].
Um Estado destes, aquilo que poderíamos chamar de socialismo democrático ou de social-democracia, é um digno sucessor do Estado marxista. Perfeitamente entendido com o capitalismo, mesmo selvagem, quanto à economia e finanças, não abdica da sua missão – teórica – de educador e curandeiro. Num país como Portugal, com forte tradição de estatização do ensino e da saúde, o Estado ainda usa a escola e o centro de saúde e o hospital para a doutrinação ideológica, sobretudo partindo do princípio que o ensino e a saúde têm que ser grátis para todos. Mesmo que não funcionem.
Para compensar a gratuitidade do ensino, os nossos filhos têm de ouvir e desbobinar os lugares-comuns dos juízos e das interpretações marxistas e freudiana da História e têm que presenciar nas aulas a apologia do homossexualismo como opção possível a fazer dentro de momentos. Para compensar a gratuitidade de saúde temos de ouvir a apologia do controlo da natalidade, – num país cada vez mais envelhecido e decrépito – e de suportar a sugestão favorável ao aborto ou à esterilização. E é se quiserem. Quem não quiser que recorra ao privado.
É a presunção e a fraqueza individual e o sufrágio – que nunca é universal, porque muitos não votam – que legitima o totalitarismo sibilino deste Estado. Mediante a eleição de representantes, frequentemente desconhecidos, passa-se a ideia de que é o povo que governa, enquanto o normal curso dos assuntos do Estado deixa muitas vezes dúvidas sobre quem realmente manda (o mercado, os lobbies, os políticos, os titulares dos órgãos de soberania?), ganhando o regime contornos de uma dietrologia.
Podemos perguntar se esta actuação do Estado hobbesiano – aquele que temos hoje – defende o interesse geral, ou seja, o da comunidade nacional. O que não é óbvio. Mas é isto que torna o Estado demo-liberal um caso interessante (patológico) de estudo, na medida em que transforma rapidamente, transferindo as responsabilidades para o mercado – que é politicamente neutro –, alguns interesses particulares em interesse geral. Os administradores da MacDonald’s ou da Coca-Cola estão convencidíssimos que os seus produtos são imprescindíveis para os portugueses e se inscrevem dentro do interesse geral do país. Mais, estão convencidos que os portugueses estão convencidos disso.
Manuel Brás
(1) Excerto de um artigo da revista Will und Macht, edição de 15 de Abril de 1935, sob o título Cristianismo Positivo.
(2) Excerto de um discurso do Ministro do Interior, Wilhelm Frick (1935).
(3)Wilhelm Corsten, Kölner Aktenstücke zur Lage der Katolischen Kirche in Deutschland 1933-45, Köln (1949), p. 63.
(4) Rauschning, Conversações com Hitler.
(5) Karl Marx, Das Kapital.
(6) Extracto do memorando secreto de Hitler sobre o plano quadrienal (1936).
(7) Also spracht Zaratustra (Assim falava Zaratustra), F.W. Nietzsche, 1883-85.
(8) Excerto de um discurso do Reichsführer SS Heinrich Himmler (1933).
(9) O Anticristo, F.W. Nietzsche, 1894.
(10) Idem.
(11) Para além do Bem e do Mal, F.W. Nietzsche, 1886.
(12) Idem.
(13) Excerto de um discurso do Reichsführer SS Heinrich Himmler (1935).
(14) Walter Hofer, Der Nationalsozialismus – Dokumente 1933-1945, Fischer Bücherei KG, Franckfut Main.
(15) Otero, P., A Democracia Totalitária, pp. 54, Principia. (citando Hobbes, T., Leviathan, Fondo de Cultura Económica, México, 1992, (parte II, cap. 17º), pp. 140-141.
(16) Otero, P., A Democracia Totalitária, pp. 55, Principia (citando Prélot, M. e Lescuyer, G, Histoire des Idées Politiques, 12º ed., Paris, 1994, p. 25
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